Risco é o grau de incerteza em relação à rentabilidade de um investimento. Isso significa a chance de o investimento dar um retorno abaixo do esperado, de se perder tudo o que foi investido ou, em casos extremos, de a perda ultrapassar o valor do investimento original.
O risco é um dos fatores a ser considerado pelos investidores na hora de escolher um tipo de investimento, ao lado da rentabilidade (retorno esperado) e do prazo de retorno (liquidez).
A rentabilidade está sempre associada ao risco, e cabe ao investidor definir o grau de risco que está disposto a correr para obter uma maior lucratividade. O perfil de risco do investidor costuma ser dividido em três categorias:
- Conservador, que é o menos disposto a correr riscos, ainda que sua rentabilidade seja menor. Esse tipo de investidor costuma optar por investimentos de baixo risco.
- Moderado, que busca um equilíbrio maior entre o risco do investimento e a rentabilidade. Costuma buscar investimentos de médio risco ou por um mix de investimentos de maior e menor risco.
- Agressivo, que é o investidor mais disposto a fazer apostas arriscadas. Em busca de retornos maiores, é mais propenso a optar por investimentos de alto risco.
Em geral, os investimentos financeiros de renda fixa possuem taxas de risco menores do que os de renda variável, como as ações. Isso porque, no primeiro caso, a rentabilidade é previsível, ainda que, em um cenário de inflação alta, ela possa representar perdas reais no valor investido.
Já os investimentos em renda variável estão mais sujeitos a fatores externos e, por isso, os ganhos são mais incertos. O investimento em ações, embora possa gerar retornos muito superiores a outros tipos de investimentos, é o que apresenta uma maior diversidade de fontes de risco.
Riscos no mercado de ações
O investimento em ações é considerado complexo justamente por estar exposto a uma combinação maior de riscos. Confira os principais exemplos:
Riscos de empresa
Ao se apostar nos papéis de determinada empresa, o risco que se corre depende de sua saúde financeira e da sua inserção no mercado, dentre outros fatores.
Problemas no processo de produção e perda de gestores importantes são alguns exemplos de riscos que podem afetar o desempenho de uma empresa e, consequentemente, o valor de seus papéis.
O chamado risco do negócio está relacionado com a chance de a empresa não atingir os resultados financeiros que espera, por exemplo, porque surgiu uma nova concorrente no mercado ou porque uma inovação pode fazer a companhia ficar obsoleta em termos tecnológicos.
Já o risco financeiro tem relação com a capacidade de a empresa pagar as dívidas que adquiriu, Uma empresa muito endividada possui um nível maior de risco financeiro.
Riscos do mercado
São fatores externos que têm impacto sobre o mercado de ações em geral, o segmento no qual a empresa atua ou sobre as próprias companhias.
Variações nos preços das matérias-primas, oscilações nas taxas cambiais, desastres naturais, crises econômicas globais e mudanças em regimes de governo são alguns exemplos desses riscos.
Por exemplo, os anos de crise econômica no hemisfério norte e a desaceleração da economia chinesa provocaram uma queda global no preço das matérias-primas. Essa queda prejudicou, por exemplo, as empresas mineradoras, já que produtos como o carvão e o petróleo que elas produzem e comercializam passaram a valer menos.
Outro exemplo é o risco monetário, que tem relação com as taxas cambiais. Se houver uma valorização muito grande da moeda local, empresas exportadoras podem ter mais dificuldades de encontrar clientes no exterior. Já em caso de alta do dólar, quem se endividou em moeda estrangeira ou depende de insumos importados será prejudicado.
Você também pode ter interesse em hedge e mercado financeiro.