O pleno emprego é conhecido como o mais alto nível no uso de forças produtivas da economia, principalmente no uso de trabalho. Este processo é possível para uma economia em constante expansão.
Este cenário é considerado na macroeconomia quando toda a mão-de-obra, qualificada ou não, pode ser empregada devido ao grande impulso que deixa a economia em equilíbrio.
Considerando o equilíbrio macroeconômico, a taxa de desemprego pode estar em um nível considerado "estrutural", em que o pleno emprego se torna diferente de desemprego zero.
Como acontece o pleno emprego
Para atingir o nível de pleno emprego, em toda a economia do país a produção de bens e serviços deve atingir o nível potencial máximo puxado por uma grande demanda em todos os mercados.
Quando ele acontece todos os recursos disponíveis, como a mão-de-obra, recursos naturais e bens de produção, são completamente utilizados e o período é de equilíbrio na economia.
Considera-se que existe um nível de desemprego natural, ou de equilíbrio, que estrutura cada economia durante o longo prazo devido ao movimento constante no mercado de trabalho.
Por isso, o pleno emprego não é um nível em que o desemprego é nulo, mas que atinja um nível satisfatório. A um nível inferior, considera-se que qualquer política monetária ou fiscal apenas cria inflação, sem atingir o desemprego.
Esta mesma relação serve para o Produto Interno Bruto (PIB) onde se considera que existe um nível do PIB em equilíbrio a ser alcançado a longo prazo.
Já no curto prazo, onde existem alternâncias entre o produto realmente atingido e o PIB natural, a relação entre PIB e taxa de desemprego é vista de maneira inversa. Isso porque com o crescimento do PIB há uma diminuição do desemprego, e vice-versa.
Para que a economia esteja em expansão e alcance o pleno emprego, é preciso que o país tenha boas condições para o empreendimento e a inovação tecnológica, além de mão-de-obra bem especializada.
Além disso, é necessário que sejam tomadas medidas que controlem o nível de inflação, como através de política monetária controlada pelo Banco Central.
Pleno emprego e o keynesianismo
A ideia de que se poderia atingir um nível de pleno emprego começou a ser debatida com o surgimento do keynesianismo. Esta corrente busca defender uma maior intervenção do Estado para a manutenção da economia, incluindo no emprego.
Em oposição, outras correntes defendem que políticas em excesso para a diminuição do desemprego apenas conseguem atingir a inflação no longo prazo.
Após isso, outras ideias apareceram com objetivos de alcance de pleno emprego, enquanto pudesse haver maior controle da inflação que refletisse no longo prazo.