Mini-índice é um tipo de contrato negociado com base em expectativas futuras do índice da bolsa brasileira, B3. Este índice, mais conhecido como Ibovespa, reflete as altas e baixas das ações mais negociadas na bolsa. Por isso é também conhecido como Minicontrato Futuro de Índice Bovespa.
Negociar e operar contratos de mini-índice, significa apostar na rentabilidade média do mercado de ativos num futuro próximo, com os mesmos riscos.
Para encontrá-lo na listagem da bolsa o código é “WIN”, seguido da letra que indica o próximo mês de vencimento e dois últimos números que indicam o ano. As operações ocorrem durante a semana, no mesmo horário do pregão, entre 9h e 18h.
Como funciona o mini-índice
Entender o mini-índice requer entender o que significa o índice da B3 (Ibovespa) e o mercado futuro também do mercado bolsista.
O Índice da Bovespa, atual B3, é o índice mais importante para a bolsa de valores e também para a economia brasileira. Ele resulta de uma cesta teórica de ações das principais companhias do mercado bolsista, refletindo diretamente a alta e baixa destes ativos em seu conjunto.
O investidor em mini-índice tem, na prática, a possibilidade de aplicar nesta mesma cesta de ativos, ficando exposto à mesma variação do índice.
Já o mercado futuro é operado através de contratos padronizados. Cada contrato vem com informações já conhecidas de compra e venda, como a data da negociação e o preço neste dia, para o ativo que envolve. Entre eles estão os contratos para o índice da B3.
O mini-índice é a versão "miniatura" destes mesmos contratos, criado para facilitar o acesso de pessoas físicas a esse tipo de mercado. Assim como os minicontratos em dólar, é lançado com os mesmos moldes dos contratos cheios, mas com uma proporção de 20% deles.
Após lançados são negociados todos os dias úteis e no mesmo horário do pregão da bolsa, permitindo operações de compra e venda dos contratos, bem como a especulação.
Como investir e operar em mini-índice
Minicontratos do índice da B3 são padronizados a R$ 0,20 por cada ponto no mini-índice, com um lote mínimo de 1 contrato e uma variação mínima de 5 pontos. Estando a 100 mil pontos, por exemplo, um contrato terá o valor de R$ 20 mil reais.
Eles são encontrados pelo código inicialmente formado por "WIN", seguidos do mês e ano de vencimento do contrato. Cada contrato vence após um período de 2 meses na quarta-feira mais próxima do dia 15 do mês. Antes disso fica sendo negociado no mercado de futuros. Confira na imagem como encontrar o contrato negociado mais atual:
Assim como outros ativos da bolsa, minicontratos são acessados por meio de uma conta em corretora. A negociação destes contratos permite que elas ofereçam uma margem de garantia, um valor percentual do total necessário na compra e venda.
Se a operação ocorre em um mesmo dia (day trade), a margem será definida pela corretora. Já para as operações de prazos maiores, quem define a margem é a própria B3.
Desta forma, torna-se possível depositar para investimento uma quantia bem inferior à exigida pelo contrato. No exemplo do início, o preço do contrato seria de R$ 20 mil, mas com uma margem de 0,5%, por exemplo, o depósito será de R$ 100 (cem reais).
Entre os custos de cada compra e venda poderá haver taxa de corretagem e emolumentos, além do imposto de renda retido.
Vantagens e riscos dos mini-índices
Mini-índices são considerados investimentos de renda variável, por isso apresentam um alto risco dada a sua volatilidade.
Como vantagens estão o acesso a um mercado de futuros com liquidez e valores de entrada reduzidos por conta das margens oferecidas.
Outra possibilidade será a diversificação com outros ativos financeiros também da bolsa. Tudo dependerá do perfil do investidor para este tipo de aplicação financeira.