Fordismo é um sistema de produção em linha que foi desenvolvido pela empresa Ford no início do século XX.
Este termo se deve ao criador da companhia, Henry Ford, e às práticas adotadas desde a sua gestão para a produção em massa dos seus automóveis.
O modelo fordista foi também influenciador no sistema socioeconômico norte-americano, principalmente associando-se ao crescimento econômico após a Primeira Guerra Mundial.
Na época, a Ford era caracterizada por promover uma filosofia de manutenção e lealdade de seus trabalhadores, e pela rejeição à sindicalização.
Características e contexto histórico
A Ford Motor Company foi fundada em 1903 pelo empreendedor e engenheiro Henry Ford (1863 -1947), tendo sido umas das primeiras fabricantes de automóveis dos Estados Unidos. O sucesso da companhia viria alguns anos mais tarde com o lançamento do Modelo T, em outubro de 1908.
Para a época, o pioneirismo da companhia estava na qualidade de seu produto, mais facilmente manuseável. Além da ampla aceitação por parte dos consumidores, a Ford tinha a redução de custos de produção como um de seus objetivos principais.
A partir de 1913 a empresa adota um sistema em linha de montagem. Mesmo que já utilizado em outras indústrias, o sistema da Ford ficou conhecido por utilizar peças padronizáveis e que se encaixavam em outros modelos. Isto permitiu a produção em massa do Modelo T.
Outra das características do Fordismo estava na sua relação com os trabalhadores. A companhia apostava em manter uma baixa rotatividade (turnover) oferecendo salários duas vezes acima da média para a época. Além disso, os funcionários tinham acesso à compra dos modelos que produziam, de forma a aumentar a produção em massa.
A Ford conseguiu, por muitas décadas, criar uma política de lealdade à empresa com os seus funcionários. Esta relação se intensificou ainda mais quando a empresa foi pioneira em reduzir o tempo de trabalho diário e posteriormente semanal, enquanto conseguia aumentar a sua produtividade.
Pós-fordismo
O sistema adotado pela Ford passou a contar com desvantagens com o aparecimento de melhores abordagens administrativas e de marketing. O pós-fordismo é o que marca o declínio deste sistema e a substituição por outros.
Os produtos da companhia eram oferecidos a preços reduzidos por conta de seus baixos custos e atenção voltada à produção. Porém, este modelo deixou de acompanhar a demanda dos consumidores por mais engenhosidade e criatividade, que passaram a fazer parte de um marketing mais moderno.
Do lado das filosofias da produção surgiu, por exemplo, o Toyotismo com o seu conceito de produção enxuta por meio do sistema de just-in-time. Ao contrário da filosofia fordista do início do século, a proposta da Toyota reduzia estoques e atendia com mais eficiência a sua demanda.
Fordismo e Taylorismo
O Fordismo e o Taylorismo, enquanto filosofias de administração da produção, dividiam espaço principalmente no início do século XX.
A "Administração Científica" do engenheiro norte-americano Frederick Winslow Taylor (1856-1915) tinha como base principal a redução de custos com foco na divisão do trabalho.
As suas semelhanças estavam, sobretudo, no aumento de produtividade da empresa, tendo sido Taylor um antecessor. Porém, com Henry Ford a administração passa a estar focada na produção em massa.
Em ambas as abordagens as críticas são direcionadas ao mecanicismo do trabalho e na repressão à criatividade.