Desemprego estrutural e outros tipos de desemprego
O que é desemprego estrutural
O desemprego estrutural pode ser visto a longo prazo, causado por mudanças estruturais na economia. Estas mudanças envolvem fatores como alterações tecnológicas, de concorrência ou políticas.
Um exemplo pode existir quando a oferta de trabalho se torna incompatível com mudanças tecnológicas por falta de capacitação correta. Em alguns casos, o reingresso só é possível através da troca para uma nova forma de emprego, após qualificação adequada de trabalhadores.
Da mesma forma, a rigidez da estrutura econômica colabora para que esta forma de desemprego se mantenha ao longo de anos ou décadas. Isto pode ocorrer pela manutenção do salário real muito acima do equilíbrio do mercado de trabalho. Neste caso, o desemprego estrutural por ser visto pela maior oferta de trabalho face à demanda pelas empresas.
Causas do desemprego estrutural
Esta forma de desemprego está relacionada à estrutura econômica e da inexistente compatibilidade da oferta de trabalho com o que é procurado pelas empresas, seja por alterações tecnológicas e de produção, como também pelos hábitos de consumo.
A situação de desemprego estrutural pode durar muitos anos ou décadas. A melhoria deste quadro estrutural exige que mudanças profundas aconteçam no sentido inverso ao desemprego. Oferecer qualificação para que trabalhadores sejam realocados em outras áreas.
Alterações como essas podem ser vistas a longo prazo mesmo enquanto a economia cresce. Exemplo disto ocorreu com a redução do peso do setor primário na economia, gerando desemprego estrutural em áreas como a agricultura.
Outras formas de desemprego
O desemprego na economia é conceituado de diferentes formas, além da estrutural. Entre elas temos os desempregos conjuntural, friccional, natural e sazonal.
Estas formas de desempregos fazem parte da dinâmica do mercado de trabalho, considerando a oferta e procura de trabalho existente, e conforme o ritmo econômico.
Desemprego conjuntural
Diferente do desemprego estrutural, o desemprego conjuntural ou cíclico existe por movimentos a curto prazo no mercado de trabalho, sendo maior enquanto a economia passa por uma grande recessão.
É assim conhecido por fazer parte dos ciclos de alta e baixa comum às economias, negativamente correlacionado com o movimento do Produto Interno Bruto.
Desemprego friccional
O desemprego friccional é visto a curto prazo causado pelo processo natural em que as pessoas deixam um emprego para encontrar outro. Seu valor pode ser maior conforme mais tempo é preciso para encontrar um novo trabalho.
Desemprego natural
O desemprego natural é o patamar mínimo e comum que o desemprego pode atingir a longo prazo, e conforme a sua estrutura.
É conhecido pela taxa de desemprego natural como aquela em que resulta de movimentos naturais ou voluntários do mercado de trabalho. A volta desta taxa é que existe o desemprego cíclico.
Sendo assim, ela considera que existe um ritmo normal de desemprego em todas as economias, mesmo em pleno emprego.
Desemprego sazonal
O desemprego sazonal é analisado conforme o período do ano, como por exemplo em algum trimestre analisado.
É um desemprego comum a trabalhadores temporários, por exemplo, quando se encontram fora de épocas do turismo ou de alta na produção de grandes empresas.
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