Depreciação linear
O método de depreciação linear é considerado o mais simples e, normalmente, o mais utilizado na contabilidade para medir a perda de valor de um ativo imobilizado.
Pode também ser conhecido como método das quotas constantes, ou ainda por método da linha reta. A forma como é conhecido tem a ver com o método de cálculo: proporcional a todos os períodos.
Como calcular a depreciação linear
A depreciação linear acontece de forma constante por uma mesma taxa de depreciação anual, proporcional ao tempo de vida útil do ativo imobilizado. Por exemplo, se o tempo é de 10 anos, significa que a taxa constante de depreciação é de 10% ao ano.
As taxas de depreciação são regulamentadas pela Receita Federal. Algumas das mais comuns são apresentadas na tabela:
Tipo de bem | Taxa anual de depreciação |
Vida útil |
---|---|---|
Edificações | 4% | 25 |
Instalações | 10% | 10 |
Móveis e utensílios | 10% | 10 |
Máquinas e equipamentos | 10% | 10 |
Ferramentas | 20% | 5 |
Computadores e equipamentos de informática e comunicação | 20% | 5 |
Veículos com capacidade de até 10 passageiros | 25% | 4 |
Veículos de mercadorias, incluindo boa parte dos caminhões | 25% | 4 |
O valor depreciado é aplicado sobre o custo de aquisição do ativo e começa a contar desde o início do seu uso. Deve ainda ser considerada a existência de valor residual que o bem tangível terá após o último período de contabilização.
De uma forma simples, para cada exercício anual o valor depreciado pode ser calculado como na fórmula abaixo:
- Depreciação = (CA - VR) x t
Em que "CA" é o custo de aquisição do ativo, "VR" o seu valor residual e "t" a taxa de depreciação correspondente.
Exemplo
Para um veículo adquirido por uma empresa no valor de R$ 25 mil, se espera um valor residual de R$ 5 mil ao final de 4 anos. Sendo assim, a taxa de depreciação incide sobre R$ 20 mil durante o período.
A taxa de depreciação neste caso é um valor fixo igual a 25% (100% ÷ 4). A quota constante anual de depreciação é dada por: R$ 20 mil x 25% = R$ 5 mil.
Para cada ano, o montante depreciado e a correspondente depreciação acumulada ficam como na tabela abaixo:
Ano | Valor inicial | Quota de depreciação | Valor final | Depreciação acumulada |
---|---|---|---|---|
1 | R$ 25 000,00 | R$ 5 000,00 | R$ 20 000,00 | R$ 5 000,00 |
2 | R$ 20 000,00 | R$ 5 000,00 | R$ 15 000,00 | R$ 10 000,00 |
3 | R$ 15 000,00 | R$ 5 000,00 | R$ 10 000,00 | R$ 15 000,00 |
4 | R$ 10 000,00 | R$ 5 000,00 | R$ 5 000,00 | R$ 20 000,00 |
Ao final dos 4 anos, o veículo da empresa fica com valor contábil final igual ao seu valor residual.
Para ser lançada a cada mês, basta dividir a quota anual fixa de depreciação por 12 meses. No exemplo é igual a R$ 416,67 em depreciações mensais.
Amortização Linear
A amortização é um conceito parecido ao da depreciação, porém aplica-se aos bens intangíveis da empresa. Alguns deles são as patentes, marcas, direitos autorais, programas informáticos, entre outros.
Apesar da natureza diferenciada, o método de cálculo para a amortização linear é o mesmo visto acima, em que o ativo intangível é amortizado em um valor fixo anual até atingir o seu valor residual.
Para a perda de valor dos bens tangíveis ou intangíveis são estabelecidas regras já que os seus custos (ou despesas) têm impacto no montante a ser pago em impostos pela empresa.