O que é custo-padrão? Entenda o conceito e como calcular

O custo-padrão vem de um técnica de custeio onde os valores são pré-definidos pela contabilidade da empresa, considerando ainda a quantidade utilizada.

Este método é mais utilizado por empresas que possuem uma produção padronizável, com custos e quantidades habituais. Isto é comum naquelas que produzem em massa e em linha de montagem.

Entre as finalidades desta metodologia está o planejamento e o controle dos custos por meio do orçamento elaborado. Ao longo do período, é possível comparar com o seu custo real, analisando as suas variações.

Conceito do custo-padrão

Os custos padrão estão relacionados aos métodos de custeio utilizados pela contabilidade interna, também conhecida como contabilidade de custos da empresa.

Estes custos são calculados de forma previsional e estabelecidos como sendo de rigorosa normalidade para os padrões da produção. Com o tempo vão sendo atualizados conforme a sua realidade e em comparação ao método de custeio por absorção.

O controle de custos desta forma, converge também à métodos de administração da produção. Exemplo disto é a Administração Científica de Frederic Taylor, conhecida como Taylorismo.

Como é calculado o custo-padrão

Este é considerado como o ideal para uma produção em que o produto é fabricado de maneira homogênea. Desta forma, o custo-padrão (Cp) é aquele em que se utiliza uma quantidade padrão (Qp) ao seu preço padrão (Pp):

  • Cp = Qp × Pp

Por exemplo, se um produto utiliza 5 unidades de uma matéria-prima com um valor de 1 real cada, o custo-padrão é de R$ 5,00 para fazer o produto.

Para o conjunto de fatores que formam o produto produzido, os custos podem ser organizados em uma ficha de custos padrões.

O mesmo cálculo é feito após a produção, para o custo real (Cr) com a quantidade real (Qr) e preço real (Pr) alcançados.

Análise de variação do custo-padrão

Com a projeção dada pelo custo-padrão no início do período, podem existir diferenças entre aquilo que foi orçado e o efetivo.

A análise pode ser completa ao calcular as variações de custo que a produção obteve no final do período, face ao planejado. Estas variações podem ser na quantidade utilizada, no custo ou em ambos:

variação da quantidade ou do preço comparado custo-padrão em gráfico
Variação do custo-padrão em que o custo real é menor.

Se o preço do fator ou a quantidade utilizada foram menores, existiu uma economia na produção em comparação ao seu padrão. Estas variações são calculadas como:

  • Variação de preço do fator (Δ preço) = (Pp - Pr) × Qr
  • Variação da quantidade do fator (Δ quantidade) = (Qp - Qr) × Pp
  • Variação mista (Δ mista) = (Pp - Pr) × (Qp - Qr)

Exemplo

Como exemplo, é medida a variação de custo-padrão para um produto que, para ser fabricado, utiliza apenas duas matérias-primas (MP1 e MP2).

A ficha com os custos é apresentada na tabela:

Componente MP1 MP2 Total gasto na produção
Pp R$ 1,80 R$ 2,20
Qp 3,20 kg 4,80 litros
Cp R$ 5,76 R$ 10,56 R$ 16,32
Pr R$ 1,93 R$ 2,15
Qr 3,18 kg 4,20 litros
Cr R$ 6,14 R$ 9,03 R$ 15,17

As variações em comparação ao custo-padrão que havia sido planejado no início do período já estão calculadas na tabela:

Variação MP1 MP2
Δ preço R$ -0,413 R$ 0,210
Δ quantidade R$ 0,036 R$ 1,320
Δ mista R$ -0,003 R$ 0,030

No caso exemplificado, é possível perceber que o custo real na produção foi menor. Com a análise das variações, entretanto, é visto que a maior economia foi na quantidade e preço da segunda matéria-prima.

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