Os CFDs (Contracts for Differences, traduzido em português como “Contratos por Diferenças”), são um instrumento financeiro que negocia a diferença de valores de determinado investimento entre o momento da aquisição e da venda sem que, para isso, seja necessário comprar o ativo em si – que pode ser uma commodity, um índice ou, mais frequentemente, uma ação.
Ao firmar um Contract for Difference, o comprador não adquire o ativo, mas sim o direito à diferença no valor entre o momento da compra e da venda. Se estiver adquirindo um CFD de uma ação, por exemplo, e essa ação subir, o comprador terá lucro. Se ela cair, deverá pagar o prejuízo ao proprietário da ação com quem firmou o contrato.
Vantagens e desvantagens
Para o comprador, o benefício desse título do tipo derivativo é a chance de obter lucros maiores. Se tiver prejuízo, no entanto, ele também será mais elevado, o que exige cautela ao apostar nesse tipo de investimento.
Para o vendedor, o contrato por diferença é uma forma de cobertura de risco para seu investimento em ações. Ou seja, se o dono das ações acha que seus títulos vão desvalorizar, mas não quer vendê-los, poderá oferecer esse tipo de contrato para minimizar eventuais perdas.
Exemplo: Ações X CFD
Por exemplo, imagine que uma ação custa R$ 100. Com R$ 1.000, o investidor conseguirá comprar 10 dessas ações. Agora, imagine que o CFD dessa mesma ação é comercializado por 10% do valor dela, ou seja, R$ 10. Com os mesmo R$ 1.000, esse investidor comprará 100 CFDs dessas ações. Nesse caso, ele não terá as 100 ações, mas sim o direito à diferença no valor de compra e de venda delas.
Se o investidor optou por comprar a ação em si e ela subir 5%, para R$ 105, os R$ 1.000 que ele investiu passarão a valer R$ 1.050 – ou seja, ele teve um lucro de R$ 50. Raciocínio parecido vale em caso de desvalorização de 5%. Se a ação cair para R$ 95, o valor de seus títulos passará a R$ 950, e ele terá tido um prejuízo de R$ 50 sobre seu investimento inicial.
Por outro lado, se o investidor colocou seus R$ 1.000 em CFDs, ele terá direito à diferença total da variação do preço das 100 ações referentes a seu contrato. No caso de um aumento de 5% na cotação, o valor desse pacote de ações passará de R$ 10.000 para R$ 10.500. Ou seja, o investidor que optou pelos CFDs terá um lucro de R$ 500.
O mesmo, porém, vale em caso de queda na cotação dessa ação. Se ela desvalorizar 5%, o prejuízo do investidor será de R$ 500.
CFD é permitido no Brasil?
O CFD surgiu nos anos 1990 no Reino Unido, onde hoje continua bastante popular. No Brasil e nos Estados Unidos, esse tipo de investimento não é autorizado para investidores individuais, mas é possível negociar esses títulos no mercado financeiro de outros países.