BRICS
BRICS é um acrônimo para Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, e representa um mecanismo de organização político-econômica entre estes países. Não constituem um bloco econômico ou grupo político, como a União Europeia, por exemplo. Mas são uma organização formal e realizam encontros de cúpula anualmente, além de promoverem atividades de cooperação mútua com o objetivo de fortalecer suas economias e distanciar-se da dependência das grandes potências.
Originalmente o termo era BRIC e designava as economias emergentes do mundo: Brasil, Rússia, Índia e China. Foi cunhado em 2001 pela consultoria financeira Goldman Sachs. Mas em 2010, a África do Sul (South Africa) foi convidada a fazer parte, formando assim o BRICS.
Características dos BRICS
Por não se tratar de um bloco ou grupo formal, não há uma lista de pré-requisitos para um país compor os BRICS. O que há são características comuns entre os Estados, que fizeram com que a África do Sul entrasse posteriormente no mecanismo por apresentar as mesmas:
- País em desenvolvimento com economia recentemente estabilizada
- Interesse das grandes potências em seus mercados
- Potencial de crescimento econômico
- Altos níveis produtivos
- Incremento no volume de exportações
- Grande reserva de recursos naturais
- Oferta e avanço na qualificação da mão de obra
- Investimento em infraestrutura
- Estabilidade política
- Redução da desigualdade social, inclusão digital e políticas públicas ativas
Novo Banco de Desenvolvimento: o Banco dos Brics
A principal conquista da primeira década da organização dos BRICS foi a criação de um banco de desenvolvimento próprio, o Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), uma alternativa ao Banco Mundial. A entidade financeira dos BRICS opera desde julho de 2015 com o objetivo de proporcionar investimentos em desenvolvimento e infraestrutura a nações emergentes. Países emergentes não pertencentes aos BRICS também podem se juntar ao banco.
Outra solução econômica encontrada pelos BRICS foi a criação do Arranjo de Contingente de Reservas (ACR), um fundo emergencial de US$ 100 bilhões. O objetivo é semelhante ao do FMI (Fundo Monetário Internacional), mas com oferta apenas para os países emergentes e diferentes regras para o resgate do fundo.
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